terça-feira, 8 de junho de 2010

Barroco - LITERATURA

Barroco - Resumo

Duas formas distintas de ver o mundo:
• paganismo e o sensualismo do renascimento.
• religiosidade – teocentrismo medieval → irrestrita fé na autoridade da igreja e do rei.


Principais temas da literatura barroca:

Carpe diem: aproveite o dia (o tempo) – se fez presente mas revestido de culpa e conflito.
Cultismo e conceptismo – página 229
↓ ↓
Jogo de palavras Jogo de idéias
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É normal ambas se mostrarem em um mesmo tempo.

Contexto histórico

Vivia o período da revolução comercial (mercantilismo).
Sociedade organizada em 3 classes: o clero, a nobreza e o terceiro estado → camponeses, artesões e burguesia. Sistema político baseado na centralização absoluta do poder nas mãos do rei, este representante de deus na terra.

Antropocentrismo x Teocentrismo → gerador de tenção

O homem deste século XVII era um ser contraditório e refletia isso nas artes, uso de uma linguagem de difícil acesso, cheia de inversões e figuras de linguagem.

Verificamos nessa época: O retorno da fé católica – visão dogmática, ou seja, sistema que não aceita discussão ou dúvida sobre seus princípios. Os livros escritos deveriam receber aprovação da Mesa do Santo ofício, demonstrando de alguma forma a propagação da fé para não ser condenado.

O Barroco em Portugal

O país vivia uma crise de identidade, se encontrava sob o domínio da Espanha. Na produção literária dois aspectos podem ser identificados: o esforço dos portugueses em preservar sua cultura e sua língua; do outro as influências da contrarreforma ( fé na autoridade da igreja e do rei) que deram origem a produção de caráter religiosos como a do Padre Antonio Vieira – principalmente escritor do século XVII. As produções literárias dessa época são: sermões, cartas, prosas religiosas e moralística, poesia, novela, teatro, etc.

Destaque para Padre Antonio Vieira: sua literatura pertence tanto a portuguesa quanto a brasileira. Seus sermões não eram somente destinados à pregação religiosa, mas às causas políticas e com isso criou conflito com comerciantes, com colonos que escravizavam índios. Embora defendesse os índios, seus sermões não tenham a mesma postura em relação à escravização dos negros – descrevia a situação a que eram submetidos e apontava-lhes a vida após a morte como compensação dos seus sofrimentos.
Escreveu mais de 200 sermões e 500 cartas → Ver pagina 234.

O Barroco no Brasil

Brasil – grande celeiro da cana-de-açúcar, os portugueses que vinham para cá estavam interessados na exploração da cana-de-açúcar, poucos sabiam ler e escrever.
Um grupo de pessoas que estudavam em Portugal, geralmente filhos de fidalgo, comerciantes ricos iniciaram uma literatura brasileira, mas presa aos modelos de Portugal e sem público ativo, consumidor. A realidade daqui era outra: exploração da cana-de-açúcar e violência, pois escravizava o negro e perseguia o índio. Aqueles que escreviam procuravam através da literatura criticar e combater a ganância através dos princípios da religião.

Escritores que se destacaram – página 257.

Poesia e Prosa

Gregório de Matos → nasceu em salvador (também chamado de “Boca de Inferno”)

Poesia lírica e Satírica.

Poemas eróticos – irônicos → o que lhe custou alguns anos de exilo em Angola, voltou doente, foi impedido de entrar na Bahia e morreu em Recife. Como pessoa foi irreverente, afrontou os valores e a falsa moral da sociedade baiana, criticava governantes, comerciantes, escravos, etc. → Utilizou-se de vocábulo indígenas, africanos de baixo calão.

Por isso “Boca de Inferno”

Poesia Lírica de Gregório de Matos: a amorosa, a filosófica e a religiosa.

A lírica amorosa: dualismo amoroso carne / espírito que leva ao sentimento de culpa. Mulher → personificação do pecado.
Os desejos do corpo se contrapõem ao ideal religioso→ grande sentimento de culpa.

Lírica filosófica: textos que se referem ao desconcerto do mundo e ao carpe diem → a vida passa rápido.

Lírica religiosa: temas → o amor de Deus, a culpa, o arrependimento, o pecado e o perdão. Utilizaram muitas figuras de linguagem.

A sátira: Utiliza-se de palavrões, faz criticas a todas as classes da sociedade baiana, (faz o uso de termos indígenas e africanos) → Ler poesia página 261.


RESUMO ELABORADO PELA PROFESSORA ROSANA - SESI DE BROTAS.

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